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segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Mód 02 - Repercussões sobre a Criação da Célula Sintética

Baseado nos dois vídeos que anunciam e discutem a criação da Célula Sintética comentem no fórum sobre as seguintes questões:
  • De que modo tecnologia e conhecimento científico foram reunidos na produção da célula sintética?
O computador elabora a partir de leitura de códigos genéticos
a primeira criatura viva que não tem um ancestral, a célula sintética, o DNA foi gerado por um processo químico e desenvolvido por cientistas com a ajuda do computador. Não houve criação de vida, J. Craij Venter alterou o genoma, o código genético de uma bactéria e ela não apenas sobreviveu como passou a se multiplicar com novas características. O genoma é a receita que determina as características dos seres vivos, como tamanho, cor, habilidades. O que ele fez tecnicamente foi copiar vida, tinha todas as informações contida no genoma de uma determinada bactéria, a partir destas informações, utilizando reações químicas, ele conseguiu montar aquela informação do DNA, exatamente como se fosse o DNA natural. Montado esse genoma ele colocou este DNA dentro de uma carcaça de outra bactéria e ela começou a se dividir. (Globo News Especialistas discutem a criação revolucionária da célula sintética, fonte: You Tube)
Segundo a descrição acima, fica bastante claro que há uma junção de valores científicos e tecnológicos para a elaboração da célula sintética, um complementa o outro, não se chegaria a elaborar esta descoberta deste porte, sem as duas ciências. Para mim elas estão imbricadas, uma depende da outra, complementam-se, daí aceito muito bem o termo criado por Latour (1987) tecnociências para definir esta nova forma de fazer ciências.
  • O que se pretende com a criação de uma célula sintética? E quais as conseqüências para a vida humana?
Eles dizem esperar que a técnica possa criar bactérias programadas para resolver problemas ambientais e energéticos, entre outros fins.
As conseqüências de algo que ainda não foi testado? Podemos apenas inferir hipóteses e/ou suposições tipos: um novo organismo jogado no mar com a intenção de absorver o derramamento do petróleo, por exemplo, poderá ser consumido pelos animais marinhos e estes sofrerem mutações. Ao consumirmos estes animais contaminados e/ou modificados, (lembrando que vivemos numa cadeia alimentar), podemos ter crises alérgicas, desenvolvermos alguma doença inexistente atualmente e que para ela não exista cura, ou em casos mais grave, nosso DNA também poderá sofrer mutação, como conseqüência podemos perder alguma das funções humanas.
Uma conseqüência positiva segundo o professor Henrique Gil da Silva Nunes Maia, do Departamento de Pediatria e Genética do CCM.[1] De modo imediato, o seqüenciamento de microrganismos patogênicos e o uso das novas tecnologias poderão contribuir para a fabricação de vacinas e de antibióticos inteligentes”.
Maia (10/06/10 10:14 h) também nos informa nesta entrevista Criação da 'célula sintética' abre novos caminhos na pesquisa genética que 
A espécie humana extinguiu milhares de espécies – algumas deliberadamente –, agora abre uma perspectiva real de também criar novas espécies e de reconstituir as extintas. Isto é simplesmente assustador, mas no meu entendimento um caminho inevitável.  A Espécie Humana caminha para tornar-se a dirigente e orientadora da evolução das espécies. O anúncio de James Craig Venter é perfeitamente compatível com isto, abre caminhos para a criação de novas espécies a partir de espécies pré-existentes.
  • Que implicações isto traz para abordagem de vida nos sistemas escolares?
A primeira delas é que os livros didáticos deverão sofrer modificações, explanando sobre a nova forma de vida e suas conseqüências positivas e negativas: a célula sintética, como foi pensada, elaborada e para que será utilizada; a segunda creio eu, ser o professor se apropriar deste novo conhecimento, para poder contextualizar nas aulas; em terceiro, se estas gerarem mutações, promoverem melhorias no meio ambiente ou em humanos e/ou provocarem doenças e mutações nos seres vivos, isto será motivo de uma mobilização escolar inter e extra muros, para orientar, prevenir e propagar os problemas gerados.
Leila Cristina

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