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sábado, 18 de setembro de 2010

Mód 01 Docência on line e cibercultura




Docência on line e cibercultura
O filósofo Pierre Lèvy nos ‘bombardeia’ com diversos questionamentos: “que é a cibercultura? Que movimento social e cultural encontra-se oculto por trás deste fenômeno técnico? Podemos falar de uma nova relação com o saber? Quais são as mutações que a cibercultura gera na educação e na formação? Quais são as novas formas artísticas relacionadas aos computadores e às redes? Como o desenvolvimento do ciberespaço afeta o espaço urbano e a organização do território? Quais são as implicações culturais das novas tecnologias?” Muitos destes questionamentos não ‘orbitam’ o meu espaço de conhecimento pessoal, mas o que mais se aproxima do interesse de qualquer professor, suponho eu, é a correlação existente entre cibercultura e educação.
Destaco então o seguinte questionamento: Quais são as mutações que a cibercultura gera na educação e na formação? Segundo a doutora Edméa Santos

A cibercultura se constitui de novas possibilidades de socialização e aprendizagem mediadas pelo ciberespaço e no caso específico da educação formal pelos Ambientes Virtuais de Aprendizagens (AVAs). Nesse sentido, é fundamental nos preocuparmos com a organização do projeto educacional que contemple as potencialidades do hipertexto, da interatividade e da simulação nestes novos espaços do saber. Potencialidades estas que não são excludentes entre si e que não são conceitos emergentes da cibercultura, mas que são por ela potencializados.

Se bem que a autora se refere mais especificamente aos Educação à Distância (EADs), já o questionamento de Lèvy é mais abrangente. Imagino que o maior impacto na formação é o aprendizado sofrer constantes mudanças, ou seja, o que for aprendido agora poderá ser modificado por uma nova lei (das ciências físicas, biológicas, político-social e etc.), e não mais servir como um saber constituído e ‘verdadeiro’. Por outro lado, esta dinâmica, promove ao mesmo tempo uma atualização instantânea, que poderá ser apreendida pelos que dispõe de tempo e acesso ao mundo virtual. Cabe ai algumas reflexões: Como anda a formação para docentes de todas as áreas? Estamos sendo preparados para as “mutações” que estão se impondo através da cibercultura? E o nosso currículo? Estamos tendo acesso a este mundo da cibercultura? Passamos por formações que nos capacite a levar tais aprendizados para a sala de aula?

A título de expor o que vejo nas escolas as quais trabalhei e que possuíam laboratórios de informática em pleno funcionamento, é que a cibercultura ainda não atingiu a educação pública como deveria, pois muitos profissionais da área de educação estão arraigados a métodos tradicionais, também existe o medo e a desconfiança do mundo virtual e até mesmo a falta de seu uso no mundo pessoal do docente. Como vou introduzir o mundo virtual em minhas aulas, se não faço uso do mesmo, se não gosto e até mesmo tenho aversão, como já ouvi de diversos professores. O que fazer para mudar esta atitude por parte de alguns docentes?

Imagino que os próprios alunos impulsionem esta mudança, através da resistência muda ou ativa, (a indisciplina, as críticas diretas, o “jogar na cara” do professor sua incompetência tecnológica), têm feito alguns buscarem se apropriar do mundo on line e participar da cibercultura. Outra alternativa é a oferta de cursos que os capacite, o que a prefeitura de Salvador tem feito, pois, constantemente tenho visto disponibilizado em seu site cursos diversos nesta área. E o que fazer com os mais arredios? Os que encaram o mundo virtual com descrédito e/ou com medo de perder seu espaço de reprodutor do conhecimento?

Por parte do alunado vejo sede de mudanças, eles gostariam de estar no mundo virtual, talvez não como espaço de aprendizagem e como produtores dos conhecimentos. Mas para o puro lazer, divertimento, em jogos, chats, sites de relacionamentos expondo-se para a “galera”. É ai que entra a atuação do professor, não como um reprodutor do que está posto on line e nas mídias em geral, mas como um facilitador amigo, que orienta o discente a selecionar o que é importante para os estudos e o induz a pensar por si próprio.

O interessante é utilizar a bagagem do mundo virtual e tentar que este aluno re-signifique as informações, não mais as digerindo como vier, mas dando o seu toque especial de compreensão do aprendido. Também é nossa função promover as discussões em grupo, o debate, buscando a transformação destas crianças e adolescentes em seres críticos do mundo e de si mesmo.

Preferi não me apropriar do texto EDUCAÇÃO ONLINE PARA ALÉM DA EAD: UM FENÔMENO DA CIBERCULTURA de Edméa Santos e relacionar todos os itens destacado por ela sobre as mutações que a cibercultura gera na educação e sobre a inteligência coletiva, mas deixo a dica para os colegas lerem o artigo, como sempre de excelente qualidade, como lhe é próprio em sua escrita. Estarei também à espera da participação dos meus colegas de curso, sobre as diversas questões em aberto, que foram promovidas por Lèvy.

Dica: baixei pelo Google o texto de Drª Edméa, menos papel para entulhar a casa, além se ser um meio de proteger a natureza.

Leila Cristina N. L. Garrido.

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