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domingo, 26 de setembro de 2010

Mód 01 - O digital muda nossa relação com o tempo?


Somos prisioneiros do tempo?
 Recortes do texto: O tempo e a contemporaneidade
“O “tempo” como um “recurso produtivo raro, precioso e estratégico”, na contemporaneidade, cuja cibercultura torna-se “um estilo de vida hiper-excitada” do mundo ocidental, torna-se um “bem limitado”. Em termos pedagógicos, por exemplo, o vendemos como uma “mercadoria”, o professor disponibiliza as suas horas como uma fonte de renda pessoal, e este tempo são delimitados e controlados pelo “relógio” e a sirene das escolas, ou com a restrição do uso social deste tempo, em prol de cumprir as atividades pedagógicas (elaboração de aulas, avaliações, planejamentos, etc.)
“No mundo virtual, local em que as decisões e reações são em tempo real, passam a ter uma conotação que extrapola a própria qualidade ou conseqüência da ação, na medida em que representam uma valorização social muito além do seu conteúdo substantivo”,

Isto repercute nas “relações sociais, tanto em nível das organizações de trabalho” docente, como na forma como se constitui a família e os períodos de lazer.
Na nossa prática pedagógica o
“errado” passa a ser “tolerado se há ação, movimento. O planejamento passa a ser subestimado, pela impossibilidade da previsão e pela prevalência do caos. Os valores se evadem pelo ralo da ‘pressa’ e pela necessidade de se apresentar resultados, ainda que de efetividade discutível.” (grifo nosso)

Nossa sociedade vivencia o ‘mundo de imagens’, onde “o parecer ser é tão ou mais importante do que o ser, deixam-se de lado as considerações de ordem ética, o tempo aparece como representação central.” Aperfeiçoar o ‘tempo’ utilizando-o como ‘recurso’, vivenciando-o ‘enquanto momentum’. (grifo nosso)
A comunicação “no mundo contemporâneo ganha contornos inegáveis de eficiência, sem garantir, entretanto, maior grau de compreensão dos fenômenos – fala-se muito, reflete-se pouco”, isto nós vivenciamos no dia a dia em sala de aula, os alunos reproduzem o que as mídias informam, sem se preocuparem em fazer uma reflexão sobre estes dados informativos apresentados.
A cibercultura "proporciona um nível de disseminação/democratização da informação, ao tempo em que geram o risco da hiper-exposição e incapacidade de processá-la”, são tantas as opções de apropriação dos conhecimentos prontos e acabados, que os discentes se vêem tentados a apenas copiar colar, e passar a usar o seu tempo, nos espaços virtuais que mais os interessam, tais como: jogos, sites de relacionamentos, chats, entre outros, perdendo o interesse pela compreensão de mundo.
“Do ponto de vista da vida social, não haveria um tempo único, objetivo e mensurável, mas uma infinidade de representações temporais, que variam em função das crenças e dos costumes de uma sociedade.”
REFERÊNCIA
QUEIROZ, Alberto Novais de, O tempo e a contemporaneidade, Pré-textos para Discussão/UNIFACS. Universidade Salvador. Coordenadoria de Pesquisa. – Ano I, v. 1, n. 1 (jul./dez, 1996) – Salvador: UNIFACS, 1996. Semestral ISSN 14157470 – Periódico.

Leila Cristina

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